domingo, 8 de abril de 2012

adeuses

E, ao meio-dia, estavam os dois ao pé da rodoviária no fugaz e eloquente instante do último encontro
E ele a dava uma rosa; gracejo simples, antes símbolo de amor do que de paixão leviana
E o grito do motorista interrompia aquele terno e volátil beijo de despedida
E ela o via entrando no ônibus deixando apenas rosa e memórias
E ela apertava a rosa como se o abraçasse novamente, brevemente
E a saudade que escorria por entre espinhos e dedos era vermelha
E a rosa que ficara no vaso, desmanchava ,mais a cada dia
E, apesar do fatalismo do momento e da descrença dos dois, as almas dos amantes estavam em paz;
sabiam que outra semente de rosa viria a florescer

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