domingo, 21 de outubro de 2012

Ventilador oscilante no teto
e a luz fosca da lâmpada
criam ,quadro a quadro,
um desenho animado

Desenho dos fantasmas
desta noite de relâmpagos
Desenho desanimado
dos meus fantasmas sequestrados.
Sombrio e malogrado está o céu!
sem azul bebê ou branco de nuvem
é o preto que tu vês!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

                     I
Meu amor por ti não se rasteja,
há algum tempo,
pelo chão de minha consciência.
surra de seu desalento

                     II
Novo e forte, se embriagava
em torneiras e alambiques alheios
Corria nu sem pudor
e mergulhava no mar de sua graça

Velho e ranzinza, hoje
pragueja aos céus e implora perdão depois
Não sente mais tanto desconforto
quando esconde seus ciúmes

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Devaneios, fantasias e ficções
não me deixam adormecer e,
tampouco, acordar!

Nesta caatinga de galhos pensantes,
quem já mediu a largura
da linha entre o presente e o sonhar?

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Caem os céus e com eles
a realidade insustentavel, leve
Débeis e grosseiras emoções
lutam no cenário da mente.

não tomo partido...

Que se acabem uns com os outros!
e, assim, minha mente será deserto
Talvez, dentro dele, descubra um oásis
e me ache no reflexo de uma lagoa!

Verei e serei quem eu sou
e não mais precisarei destes versos
para justificar minha insípida loucura.