reflexos de luz
em janelas de varandas
na manhã de todo domingo
caem
pela fresta da janela
ao lado de uma cama
e um abajur ligado
não existiu
ou existirá
este minuto
de novo
Poesia baseada
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Assim que escorria
aquela gota
Dois, quatro tiros
e ninguém
viu
O povo se fez
de soberano
como há 21
anos atrás
Mas a história
que foi e se fará
de novo,
e de novo
pode não ser o grito de uma nação
apenas
Gritos, grunhidos,
raiva, latidos
A apoteose do individuo
Nossa convivência,
enquanto mais letal
arma de destruição,
se enquadraria
segundo nossos
mais apurados antropólogos
como um tribalismo sofisticado
aquela gota
Dois, quatro tiros
e ninguém
viu
O povo se fez
de soberano
como há 21
anos atrás
Mas a história
que foi e se fará
de novo,
e de novo
pode não ser o grito de uma nação
apenas
Gritos, grunhidos,
raiva, latidos
A apoteose do individuo
Nossa convivência,
enquanto mais letal
arma de destruição,
se enquadraria
segundo nossos
mais apurados antropólogos
como um tribalismo sofisticado
terça-feira, 14 de maio de 2013
sábado, 16 de março de 2013
Agradeciam e o ofereciam filhas e banquetes
mas ele não as recebeu
Beijavam-no embaixo da chuva parisiense
mas ele não beijou de volta
Falavam paixões e medos freudianos
mas ele não as escutou
Gritavam aos prantos e o deixavam pra trás
mas ele não se importou
Esmurravam, cuspiam e caçoavam dia e noite
mas ele não sentiu nada
Mataram-no no meio do mercado da praça
mas ele nunca viveu
mas ele não as recebeu
Beijavam-no embaixo da chuva parisiense
mas ele não beijou de volta
Falavam paixões e medos freudianos
mas ele não as escutou
Gritavam aos prantos e o deixavam pra trás
mas ele não se importou
Esmurravam, cuspiam e caçoavam dia e noite
mas ele não sentiu nada
Mataram-no no meio do mercado da praça
mas ele nunca viveu
quinta-feira, 14 de março de 2013
E lá estava o prédio branco
da esquina abandonada
Não morava pessoa ou gente
apenas sem-tetos e ratos
No último andar, não existia
cupim ou fantasma de filme
O vazio e silêncio de horas atrás
era o mesmo a cada instante
Quem, algum dia, tentasse
subir as escadas e entrar lá
Não voltava ou não mais se via
perdiam-se na metáfora do meu coração
da esquina abandonada
Não morava pessoa ou gente
apenas sem-tetos e ratos
No último andar, não existia
cupim ou fantasma de filme
O vazio e silêncio de horas atrás
era o mesmo a cada instante
Quem, algum dia, tentasse
subir as escadas e entrar lá
Não voltava ou não mais se via
perdiam-se na metáfora do meu coração
Assinar:
Postagens (Atom)