quinta-feira, 20 de junho de 2013

reflexos de luz
em janelas de varandas
na manhã de todo domingo

caem
pela fresta da janela
ao lado de uma cama
e um abajur ligado

não existiu
ou existirá
este minuto
de novo


Uma flor sempre
será uma flor

o ser humano,
peculiar espécie,
contudo
é pedaços dele
mesmo

Assim que escorria
aquela gota
Dois, quatro tiros
e ninguém
viu

O povo se fez
de soberano
como há 21
anos atrás

Mas a história
que foi e se fará
de novo,
e de novo
pode não ser o grito de uma nação
apenas

Gritos, grunhidos,
raiva, latidos
A apoteose do individuo

Nossa convivência,
enquanto mais letal
arma de destruição,
se enquadraria
segundo nossos
mais apurados antropólogos
como um tribalismo sofisticado