terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O satélite amargurado

Dia qualquer dentre outros...
Sol se escondia ,já cansado
de fazer luz aonde não tinha
-É sua vez agora! disse à Lua

Por despeito, Lua não escutou
Há tempos que não lhe faziam
Juras de amor, promessas ou louvor
E de tanto desgosto, não nasceu

Artistas, amantes e crianças não se conformavam
Fizeram protestos ,tentaram acordá-la
Não tinham o que outrora os apaziguavam
De nada adiantou, Lua ,compaixão ou empatia, não sentiu

Todos choravam de luto à senhora Lua
Dias longos se intercalavam entre si
E andavam tediosos como ponteiros
Do relogio incessante, o Tempo

Cientistas, astrólogos e mães-de-santo
Não conseguiam explicar
O onírico dos sonhos não existia mais
Todos viviam a realidade, nua e cruel
Aquela dos que não sabem amar

Debilitada com o torpor
Entretanto, a vida resistiu
E fatigada sem o amor
Pensou em suicídio.

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